Pernambuco, 23 de Abril de 2022

Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ) descreve “encontro” entre portugueses e indígenas como “pacífico” no “descobrimento” do Brasil

Construção semelhante já havia sido usada no "Portal do Bicentenário" da independência do país, organizado pela Secretaria Especial da Cultura

Foto: Adolfo Santos Sonteria/Fadurp

Um post comemorativo da Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ), parte de uma série de postagens sobre Bicentenário da Independência, produzida pela Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom) do Governo Federal descreve as primeiras interações entre portugueses e indígenas como “pacíficas”[1]. O conteúdo, também reproduzido no perfil da Secom, omite as violências, explorações e crimes que marcaram a colonização do país. Criticado por pesqusiadores da própria FUNDAJ [2], a postagem foi excluída do perfil da instituição. Meses antes, em fevereiro de 2022, o site dedicado à celebração dos 200 anos da independência do Brasil, produzido pela Secretaria Especial da Cultura, comandada por Mário Frias, veiculou conteúdo semelhante. Na seção “Memorial da Soberania”, a página afirma que “o encontro entre índios e portugueses foi marcado pelo tom pacífico, amigável e de mútuo interesse por parte dos dois povos. A receptividade, a alegria e a boa acolhida ainda hoje são marcas presentes no comportamento dos brasileiros” [3].

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