De acordo com relatos, o secretário especial da Cultura, Mario Frias, trata funcionários do órgão com ofensas, xingamentos e gritos, além de usar uma arma na cintura à vista de todos, como apurado pela imprensa nesta data [1]. Segundo os depoimentos, a gritaria é ouvida de longe e alguns se referem à Secretaria como um ‘hospício’ [2]. Outro veículo de imprensa confirma os fatos, segundo uma das fontes, a arma gera ‘mal-estar e desconforto’ principalmente porque o clima é de tensão nos corredores da entidade, já que há relatos de ‘escândalos e ofensas’ aos gritos direcionados aos servidores e terceirizados [3]. O secretário obteve o porte do armamento no final de 2020, sob a justificativa de riscos decorrentes do cargo que ocupa [4]. Coordenadora de organização atuante na área explica que, ainda que haja o registro do porte, a arma não pode ser carregada de forma ostensiva, ou seja, deve ficar escondida [5]. Por duas vezes o secretário apareceu em imagens nas redes sociais portando arma e praticando tiros [6]. Uma semana após a divulgação pela imprensa desses episódios, o Iphan estuda a possibilidade de proteger as armas de fogo como objetos de valor cultural [7]. No ano anterior, o humorista Marcelo Adnet parodiou uma campanha do governo na qual Frias atuava e o secretário reagiu chamando-o de ‘palhaço decadente’, ‘criatura imunda’ e ‘crápula’ [8]; na oportunidade, a Secom também se pronunciou criticando Adnet [9]. Dias depois, o secretário determina o controle das postagens em sites e redes sociais de todos os órgãos vinculados à Secretaria [10]. Vale lembrar que o governo Bolsonaro promoveu por via de diversos decretos a flexibilização do porte e posse de armamentos por civis [11], [12], [13], [14], [15], [16]. Além disso, ex-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) se envolveu em perseguição a criminoso com arma de fogo no ano passado, não explicando por que possuía tal porte [17].
Secretário especial da Cultura porta arma e assedia moralmente funcionários do órgão
Secretário especial da Cultura porta arma e assedia moralmente funcionários do órgão

Imagem: www.cut.org.br (reprodução)