Antes de sua apresentação no festival Picnik em Brasília, que ocorreria em frente ao Memorial dos Povos Indígenas, instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, a banda eletrônica Teto Preto, que tem como uma de suas marcas a nudez, é alvo de censura prévia [1]. A diretoria do memorial contata a organização do evento e declara que não seriam permitidos discursos políticos, sob a ameaça de processar a banda, nem performances de nudez [2]. Laura Diaz, uma das membras da banda, decide cobrir seus seios e genitália e afirma que a cada dia aumenta a tensão no mundo artístico [3]. Ao final do show, diversas mulheres subiram ao palco sem roupas e Laura se juntou a elas [4]; também foram ouvidos gritos contra o governo e a censura [5]. Em outras oportunidades, o presidente Jair Bolsonaro afirma que vetar obras culturais não é censura, mas uma forma de ‘preservar valores cristãos’ [6] e o Museu dos Correios cancela exposição com obras sobre sexualidade [7]. Ainda, a Caixa Econômica Federal cria novas regras para a avaliação de projetos culturais, incluindo a verificação de posicionamento político de artistas [8] e, em Minas Gerais, a Polícia Militar censura bloco de carnaval que criticava o governo Bolsonaro [9].
Banda Teto Preto sofre censura em festival de música em Brasília

Banda Teto Preto