Brasília, 10 de Agosto de 2019

Banda Teto Preto sofre censura em festival de música em Brasília

Banda Teto Preto

Banda Teto Preto

Antes de sua apresentação no festival Picnik em Brasília, que ocorreria em frente ao Memorial dos Povos Indígenas, instituição vinculada à Secretaria de Estado de Cultura do Distrito Federal, a banda eletrônica Teto Preto, que tem como uma de suas marcas a nudez, é alvo de censura prévia [1]. A diretoria do memorial contata a organização do evento e declara que não seriam permitidos discursos políticos, sob a ameaça de processar a banda, nem performances de nudez [2]. Laura Diaz, uma das membras da banda, decide cobrir seus seios e genitália e afirma que a cada dia aumenta a tensão no mundo artístico [3]. Ao final do show, diversas mulheres subiram ao palco sem roupas e Laura se juntou a elas [4]; também foram ouvidos gritos contra o governo e a censura [5]. Em outras oportunidades, o presidente Jair Bolsonaro afirma que vetar obras culturais não é censura, mas uma forma de ‘preservar valores cristãos’ [6] e o Museu dos Correios cancela exposição com obras sobre sexualidade [7]. Ainda, a Caixa Econômica Federal cria novas regras para a avaliação de projetos culturais, incluindo a verificação de posicionamento político de artistas [8] e, em Minas Gerais, a Polícia Militar censura bloco de carnaval que criticava o governo Bolsonaro [9].

Análises sobre o caso

Ouça sobre a censura nas produções culturais

Existe censura às produções culturais no Brasil?