12 de Março de 2021

Relatório aponta assédio institucional contra servidores da pasta da Cultura e desmonte de políticas no setor

Produzido por servidores da Secretaria Especial de Cultura, relatório aponta assédio como prática sistemática e ações concretas para desmonte de órgãos da pasta

Imagem: http://asminc.org.br/pesquisa-de-assedio-institucional-no-setor-da-cultura-sera-apresentada-hoje-no-encontro-da-cultura-12-03/ (corte da pesquisa publicada no site da Asminc)

Relatório produzido por servidores desta data [1], aponta que o assédio institucional é ‘uma prática sistemática do atual governo federal’, o que se evidencia por cortes orçamentários, reformas legislativas, trocas frequentes de dirigentes por pessoas pouco qualificadas e ataques simbólicos e reais às missões institucionais dos órgãos que compõem a pasta da Cultura [3]. O relatório cita casos como a nomeação de amiga da família Bolsonaro para a presidência do Iphan [4], a pretensão de extinguir a Fundação Casa de Rui Barbosa [5], a tentativa do presidente da Fundação Palmares de depreciar a memória de Zumbi dos Palmares [6], a ameaça do presidente Jair Bolsonaro de extinguir a Ancine caso não pudesse filtrar as produções [7], a determinação de controle prévio das postagens de órgãos vinculados à Secretaria de Cultura [8], o abandono da Cinemateca [9], dentre outros. Além dos diversos casos levantados, o relatório, produzido pela Associação dos Servidores do Ministério da Cultura (AsMinC), traz trechos de relatos anônimos de servidores sobre as práticas de assédio na instituição [10], como o caso de funcionário da Fundação Nacional de Artes (Funarte) que foi questionado sobre o porquê de carregar um livro de Karl Marx. Segundo outro relato , a nova orientação da Biblioteca Nacional é focar as ações e projetos no período imperial [11]. Nos meses seguintes, o secretário especial da Cultura mostra porte de arma e assedia moralmente funcionários [12] e apuração da imprensa mostra que membros da pasta fizeram dossiê classificando servidores ‘esquerdistas’ que deveriam ser exonerados [13].

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Fontes