Nas redes sociais, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, faz uma postagem dizendo que o Dia da Consciência Negra ‘é uma data vergonhosa’, que o órgão não daria suporte financeiro aos eventos e termina a mensagem escrevendo ‘Forte abraço, negrada vitimista’ [1]. Camargo também declara que abrirá apuração sobre gastos ‘absurdos e muito suspeitos’ da Palmares feitos durante as gestões do Partido dos Trabalhadores (PT) [2]. Momentos antes, ele defendeu uma data de celebração da ‘Consciência Brasileira’ e disse ser indefensável um feriado para ‘celebrar a raiva, o ressentimento e o revanchismo de pretos vitimistas e militantes’ [3]. Em 2019 [4] [5] e 2020 [6], a postura de Camargo em relação ao Dia da Consciência Negra foi semelhante. Antes mesmo de assumir a presidência da instituição, ele declarou que não há ‘racismo real’ no Brasil [7], fala que foi reiterada em 2019 após a morte violenta de uma pessoa negra por um segurança de supermercado [8], e disse que o movimento negro é ‘escória maldita’ [9]. Ainda, na data comemorativa da Lei Áurea, Camargo ironizou Zumbi [10]. Recentemente, o Ministério Público do Trabalho pediu o afastamento do presidente da Palmares por denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação de funcionários da entidade [11].
Fundação Palmares não dará apoio ao Dia da Consciência Negra
O presidente da Fundação, Sérgio Camargo, critica a data comemorativa e chama seus defensores de vitimistas

Foto: Fundação Palmares/Divulgação